Feriado de 9 de julho celebra Revolução Constitucionalista de 1932
O recém-presidente desmanchou os congressos estaduais e municipais.
O feriado de 9 de julho marca a data de início da Revolução Constitucionalista de 1932, uma revolta protagonizada pelo Estado de São Paulo que buscava a derrubada do governo de Getúlio Vargas (1930-1945) e a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Para quem não sabe, o dia de 9 de julho é feriado somente no Estado de São Paulo. Criado em 1997, há muitas pessoas que não sabem o real significado dessa data, por mais que ela já tenha 16 anos. O tema desse dia, porém, percorreu as ruas do estado e do Brasil nas últimas semanas com bastante força. Essa data tem suas origens nos motins e nas manifestações de 1932, originárias do Estado de São Paulo, popularmente conhecidas como Revolução Constitucionalista.
Em 1932, Getúlio Vargas era presidente do Brasil há dois anos, após o golpe de estado de 30. Em 1930, Getúlio não foi eleito presidente. Porém, inconformado com o fracasso das eleições, procurou o apoio dos estados de Minas Gerais, Rio Grande de Sul e Paraíba para impedir que o candidato eleito tomasse posse. Graças ao apoio militar adquirido, Getúlio assumiu o comando do país.
O recém-presidente desmanchou os congressos estaduais e municipais, indicando sucessores políticos que não agradaram os membros da oligarquia paulista. Em decorrência de certas nomeações, as pessoas se irritaram com o presidente, organizando inúmeros comícios, manifestações e atos públicos.
Cerca de 200 mil pessoas compareceram na Praça da Sé em um desses comícios, recebendo atenção nacional e internacional.
O estopim dos protestos
Quando quatro estudantes foram assassinados por partidários de Getúlio, os protestos começaram em grande escala. Então, na data de 9 de julho de 1932, as manifestações adquiriram mais causas: redemocratização e a elaboração de uma outra Constituição. O episódio ficou conhecido como Revolução Constitucionalista, nome dado ao iminente feriado.